"Por todo o mundo, os músicos estão desempregados, enquanto os gigantes da tecnologia amealham milhões. O trabalho musical é trabalho, queremos ser pagos", reivindicam os manifestantes.

Músicos e outros trabalhadores do setor participaram na terça-feira, 16 de março, em várias manifestações contra o Spotify, que aconteceram em dez cidades dos Estados Unidos e também em cidades europeias como Madrid, Londres ou Amesterdão, além de em vários países da América Latina, na Ásia e na Austrália. Ao todo foram 31 cidades.

Os protestos foram convocados pelo Sindicato dos Músicos e Trabalhadores Associados (Union of Musicians and Allied Workers), frente aos escritórios do Spotify, exigindo os seus participantes que a empresa adote práticas mais transparentes, deixe de processar artistas e pague mais aos músicos, entre outras reivindicações.

“Há muito que o Spotify maltrata os trabalhadores da música, mas a pandemia veio realçar esta exploração”, disse uma das organizadoras da iniciativa, Mary Regalado. “Durante a pandemia, a empresa triplicou os seus lucros, mas não pagou nem mais um tostão aos artistas. Por todo o mundo, os músicos estão desempregados, enquanto os gigantes da tecnologia que dominam a indústria amealham milhões. O trabalho musical é trabalho, e pedimos para ser pagos de forma justa”, acrescentou.

Fonte: Blitz

Liliana Teixeira Lopes