Apesar de já estar delineada até ao verão do próximo ano, apenas foi apresentada uma parte, até janeiro.

A nova temporada do Centro Cultural de Belém, espelha “um ano atípico, cheio de reajustes e reagendamentos” por causa da Covid-19, como afirmou o programador Delfim Sardo numa apresentação aos jornalistas na quarta-feira, que explicou ainda que o CCB tem a programação delineada até ao verão de 2021, mas agora só foram anunciadas as iniciativas culturais até janeiro, porque “há projetos e programas que podem vir a ter alterações”.

Essa prudência, admitida pelo administrador com o pelouro da programação, relaciona-se com a evolução da pandemia da Covid-19 e com a presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2021 e que vai ocupar parte dos espaços do CCB.

Quanto aos Dias da Música, um dos programas culturais mais emblemáticos do CCB e cuja edição deste ano, dedicada a Beethoven, foi cancelada, Delfim Sardo explicou que o projeto está a ser reestruturado e que está a ser pensado um novo modelo para o evento musical.

Uma das novidades da temporada é a entrada do coreógrafo Rui Horta para consultor de programação na área da dança contemporânea.

Do programa, destaque para o coreógrafo Miguel Filipe, que apresentará, em novembro, “Bo(u)checha”, “a primeira peça multidisciplinar”, e para as coreógrafas Marta Reis Jardim e Diana Niepce, que, em dezembro, farão as peças coreográficas “TravessiaS” e “Dueto”, respetivamente.

Destaque ainda, em dezembro, para o Quorum Ballet, que vai interpretar, sob a direção de Daniel Cardoso, “A Sagração da Primavera – Made in China”.

No teatro, uma das primeiras propostas da nova temporada será, em novembro, “A confissão de Lúcio”, de André Murraças, a partir da novela homónima de Mário de Sá-Carneiro.

Em janeiro, o CCB acolhe duas encenações de Nuno Cardoso, do Teatro Nacional São João, do Porto: “Castro”, de António Ferreira, e “O balcão”, de Jean Genet.

Na música, serão continuados os ciclos “Há fado no cais” e “CCbeat”, além da aposta na música erudita, interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa – Mahler, Haydn, Mozart – e Orquestra Metropolitana de Lisboa.

A Garagem Sul do CCB volta a ser o destino eleito para projetos relacionados com arquitetura, nomeadamente com a exposição “Em casa – Projetos para habitação contemporânea”, concebida a partir do acervo do museu MAXXI, em Roma.

O cinema no grande auditório do CCB conta com três clássicos: “Fúria de viver”, de Nicholas Ray, “Vertigo”, de Alfred Hitchcock, e “O garoto de Charlot”, de Charlie Chaplin.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes