Três mostras inauguraram hoje e ficam patentes até setembro.

Uma instalação vídeo de Vhils, com imagens que representam o quotidiano em nove cidades do mundo, filmadas em ‘slow motion’ para inverter o “muito acelerado” ritmo citadino, é hoje inaugurada no MAAT, em Lisboa.

Esta é uma de três exposições que abrem ao público no mesmo dia, no MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, sendo as outras uma mostra coletiva de várias comunidades, intitulada “Interferências”, e a exposição “Naturezas visuais”, que prossegue a abordagem das questões climáticas.

“Prisma” é a proposta “monumental e inesperada” que Alexandre Farto, também conhecido por Vhils, traz ao museu, recorrendo exclusivamente ao vídeo, uma linguagem que tem vindo a aprofundar mais recentemente, segundo os responsáveis do MAAT.

No espaço da galeria oval do MAAT, ecrãs côncavos, de grandes dimensões, dispostos em duas alturas (uns ao nível do chão, outros pendurados sobre os primeiros), com imagens em câmara lenta em projeção contínua, formam uma espécie de labirinto, por onde os visitantes de perdem entre as imagens filmadas e as refletidas nos espelhos que revestem a parte de trás dos ecrãs.

“A ideia é criar esta justaposição entre cidades”, explicou Vhils.

As imagens representam o dia-a-dia, captado pelo artista antes do início da pandemia, em nove cidades de todo o mundo: Cidade do México, Cincinnati, Hong Kong, Lisboa, Los Angeles, Macau, Paris, Pequim e Xangai.

A mostra visual é acompanhada por uma instalação sonora da autoria de soundslikenuno, que resulta na emissão de sons diferentes em cada um dos vídeos, havendo depois algumas sonoridades comuns a todos.

Hoje é ainda inaugurada a exposição “Naturezas visuais. A política e a Cultura do Ambientalismo nos séculos XX e XXI”, que resulta de mais de dois anos de investigação crítica em ciência climática, práticas criativas e ecopolítica.

A terceira exposição que pode ser vista alia a partir de hoje é “Interferências. Culturas Urbanas Emergentes”, que se trata de uma mostra que coletiva no edifício do MAAT que transforma o espaço do museu num lugar de encontro entre várias comunidades e dimensões da cidade.

No âmbito desta exposição, será reinterpretado o Painel do Mercado do Povo, uma intervenção mural coletiva promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos e realizada a 10 de junho e 1974.

A pintura deste mural, com a participação de 48 artistas, acontecerá no dia 10 de junho, integrando as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

As exposições vão estar patentes até 5 de setembro.

https://www.maat.pt/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes