O festival criado por Vihls dá lugar, este ano, a uma oficina.

A Oficina Iminente, versão do festival Iminente em ano de pandemia da covid-19, fará do Panorâmico de Monsanto, em Lisboa, residência artística durante dez dias de setembro, “com o público a fazer parte do processo criativo”.

O festival Iminente, que junta música e artes visuais e tem Vhils como um dos fundadores, realizou-se pela primeira vez em Oeiras em 2016, local ao qual regressou no ano seguinte. Em 2018, o Iminente mudou-se para Lisboa, para o Panorâmico de Monsanto, onde voltou a realizar-se no ano passado.

Este ano, adaptado à realidade da covid-19, a organização vai “novamente ocupar o edifício” e vai fazê-lo durante dez dias, entre 9 e 19 de setembro.

Foram criadas sete oficinas, “quatro delas com uma duração mais alargada, de quatro dias, com ±maisenos±, Chullage, Os Espacialistas e Piny.Orchidaceae, todos de áreas artísticas diferentes, e três de um dia, com Wasted Rita, Trypas Corassão e Inês Tartaruga Água”. Em cada uma, o importante não é tanto o que daí resultará, “mas aproveitar esta junção de dez ou quinze pessoas com um artista, ou com vários porque muitos vão trazer convidados, e aproveitar para explorar tantas cabeças diferentes a dar ideias”. Segundo a organização, o artista funcionará mais como um guia “das ideias que vão surgir” do que como alguém que “impõe o seu trabalho artístico”. Os ‘workshops’ terão um custo entre os 35 e os 100 euros.

Os participantes das oficinas serão os únicos, além da organização, com acesso ao Panorâmico de Monsanto durante os dez dias: “ao ‘workshop’ em que se inscrevem, obviamente, ao acompanhamento da produção e montagem das peças de Arte Pública, e, nos dias 18 e 19, a uma programação de debates e concertos”. Enquanto decorrerem os ‘workshops’, “estará também a decorrer produção de cinco peças que ficarão permanentemente no Panorâmico, de AddFuel, AkaCorleone, Tamara Alves, Wasted Rita e Francisco Vidal”.

Quando a Câmara Municipal de Lisboa reabrir o Panorâmico de Monsanto enquanto miradouro, estas cinco peças “estarão disponíveis gratuitamente para visita a todos os que quiserem lá passar”. Para os dias 18 e 19 de setembro estão programados quatro debates e quatro concertos, que serão transmitidos online, em streaming, entre as 15h00 e as 20h00 de cada um dos dias.

Os debates serão sobre “O underground e espaços artísticos para a transformação social”, “Biopolítica e o exercício de poder”, “Autogestão e apoio mútuo em tempos de pandemia” e “Urbanismo, património e estatuária”, e os concertos serão de Chong Kwong, Mynda Guevara, Shaka Lion e XEH!.

http://www.festivaliminente.com

Fonte: SAPO 24

Liliana Teixeira Lopes