É o que aponta um estudo liderado por investigadores da Universidade do Michigan para a Research App, da Apple.

Um estudo realizado através da Research App confirmou o que já se suspeitava. Ouvir música bem alto pode ser um prazer com consequências irreversíveis.

A exposição média semanal ao som, num em cada 10 utilizadores de headphones, faz-se acima dos níveis de volume recomendados pela Organização Mundial de Saúde, concluiu um estudo realizado através da Research App da Apple, ao longo de um ano.

A pesquisa, conduzida em colaboração com a Escola de Saúde Pública da Universidade do Michigan, também revelou que um quarto dos participantes ouve zumbidos várias vezes por semana, o que pode ser sinal de problemas auditivos. Os investigadores concluíram ainda que 20% dos participantes na experiência estão a perder audição, segundo os parâmetros da OMS e metade pode atribuí-lo à exposição a volumes de som elevados. A pesquisa também sublinha que 10% dos envolvidos no estudo já tiveram confirmação médica da perda de audição em curso.

O estudo mostra, no entanto, que nem toda a exposição a som alto é uma opção de quem ouve. Revela-se que 25% dos participantes são diariamente expostos a ambientes com níveis de ruído acima do recomendado, incluindo neste leque os sons do trânsito, máquinas ou transportes públicos e acrescenta que 50% dos visados no estudo trabalham ou já trabalharam em ambientes barulhentos.

Com base nos resultados, a Apple lançou esta terça-feira um alerta para os possíveis danos auditivos de uma experiência sonora com o volume mais elevado e o aviso é corroborado por Rick Neitzel, professor associado na Universidade do Michigan. O investigador sublinha que, “mesmo durante a pandemia, quando a maior parte das pessoas está em casa, continuamos a ver 25% dos nossos participantes exporem-se a ambientes de som alto”.

A Research App é uma aplicação criada pela Apple para aproximar ciência e cidadão comum, que permite aos interessados darem-se como voluntários para estudos científicos em diversas áreas da saúde.

https://www.researcher-app.com/

https://www.apple.com/ios/research-app/

Fonte: SAPO Tek

Liliana Teixeira Lopes