A segunda parte da quarta e última temporada estreia esta semana na Netflix.

Liliana Teixeira Lopes

Os fins justificam os meios? É a questão que se coloca na segunda parte da quarta e última temporada de “Ozark” que chega esta semana à Netflix.

A Netflix revelou o trailer do final da saga da família Byrde em janeiro passado. “Os fins justificam os meios”, assinala a plataforma de streaming no vídeo partilhado nas redes sociais.

As primeiras imagens da reta final dão conta do aumento de tensão entre os protagonistas e o cartel mexicano com o qual se envolveram, mas esse jogo de forças promete ser influenciado por uma Ruth Lagmore particularmente amargurada depois de um evento trágico.

O que digo faz sentido para quem tem acompanhado a série desde o seu início.

Para aqueles que ainda não a conhecem, levanto só a pontinha do véu quanto à história…

Um consultor financeiro arrasta a família de Chicago até a Ozark, no Missouri, o lago das montanhas Ozark, uma zona potencialmente turística.

Mas não vai para ali por acaso. Em Ozark, vai ter de “lavar” 500 milhões de dólares em cinco anos para aplacar um barão da droga.

Este é o ponto de partida da séria “Ozark”, criada por Bill Dubuque e Mark Williams. Na pele do protagonista, Marty Byrde, está Jason Bateman, que surge acompanhado por, entre outros, Laura Linney e Julia Garner.

“Ozark” tornou-se numa das séries mais discutidas, mas também num dos títulos que mais dividiu a crítica e os espectadores. Tudo porque este thriller não conseguia livrar-se da temível comparação com “Breaking Bad”.

Tal como Walter White, de “Breaking Bad”, Marty Byrde um contabilista, um homem normal, de classe média, aparentemente uma pessoa honesta, envolve-se conscientemente no mundo do crime e das lavagens de dinheiro para um cartel da droga.

Mas enquanto White era o chefe de família que se torna mau, em relação a Byrde, ele não é bom, mas ainda tem uma consciência que apesar do desespero de ter de fazer tudo para sobreviver, não o deixa descansado. Mas a teia em que está enredado é cada vez mais intrincada e complexa, e a saída dela, mais difícil.

“Ozark” é, sem dúvida uma aposta forte da Netflix nas “séries-prestígio”, com Jason Bateman, Laura Linney e um orçamento visivelmente chorudo.