Hollywood está preocupada, pois a confiança dos espectadores de cinema tem caído. Em paralelo com o aumento de casos COVID-19, a percentagem de americanos dispostos em regressar aos cinemas caiu 11% em menos de um mês.

Liliana Teixeira Lopes

A percentagem de norte-americanos com confiança para ir às salas de cinema teve uma queda abrupta e preocupante, avança a publicação especializada The Hollywood Reporter. Os dados foram publicados no início de agosto e baseiam-se numa sondagem feita no mês anterior.

Analisada de perto pelos estúdios de Hollywood, a sondagem regular do National Research Group do final de julho revelou que a “nível de conforto” geral desceu de 81% para 70% em apenas três semanas, numa altura em que aumentavam os casos COVID-19 por causa da variante Delta.

Entre as razões avançadas pelos que não se mostram “muito confortáveis” para ir ao cinema, 52% indicaram as novas variantes, enquanto outros 42% disseram estar “muito preocupados” com a variante Delta, uma subida de oito pontos em relação à semana anterior.

São os homens e os menores de 18 anos os que se mostram mais disponíveis para ir ao cinema, enquanto a maior quebra de confiança é no grupo das mães, que passou de 75% para 59%.

Um estúdio, a Paramount, não perdeu tempo a reagir a estes resultados específicos e a 30 de julho adiou a estreia do filme familiar “Clifford the Big Red Dog”, prevista para 13 de setembro.

A decisão gerou especulações sobre se outros filmes de setembro e outubro também podem mudar de data por causa da pandemia.

Foi notado que um segundo trailer de “Venom: Tempo de Carnificina”, lançado a 1 de agosto, anunciava a estreia para “este outono”, e o filme acabou mesmo por ser adiado para 15 de outubro.

Em paralelo, o The Hollywood Reporter destaca as “notícias conflituantes” dos resultados de bilheteira da estreia de “Jungle Cruise”, com Dwayne Johnson e Emily Blunt, descritos a nível internacional como “horríveis”, mas melhores a nível nacional, ainda que longe dos níveis registados por outros filmes do género em anos antes da pandemia.