Várias plataformas de música anunciaram no mês passado que retiraram músicas e playlists racistas ou que promovessem o ódio.

Em Outubro serviços de streaming como a Apple Music, YouTube e Spotify removeram músicas e playlists racistas.

Faixas de cariz racista ou homofóbico estavam disponíveis nas principais plataformas de streaming de música, mas já foram removidas.

Assim, Apple Music, Spotify e YouTube removeram ou esconderam músicas e listas de reprodução que apresentavam letras racistas ou homofóbicas, ao abrigo das diferentes políticas contra a discriminação e o discurso de ódio. O Deezer está ainda a investigar os conteúdos, mas deve avançar com a remoção também. A investigação da BBC mostra que mais de 30 bandas e artistas estão ligados a este tipo de conteúdos. No Spotify, por exemplo, foram retiradas playlists associadas ao nazismo.

Para evitar a deteção e remoção, alguns destes álbuns e músicas estão a aparecer com nomes diferentes, mas nem todos reagiram assim. O problema deste tipo de conteúdos estar disponível está também relacionado com os algoritmos de recomendações que podem levar pessoas que não estão à procura destas músicas a ouvi-las e a acabar ‘convertidas’ à sua mensagem.

As empresas não explicam como é que as músicas de ódio chegaram às plataformas, mas foram rápidas a apontar as suas políticas contra a discriminação. No Spotify é bloqueada a música que “expressa e principalmente” desencadeie ódio e violência, enquanto na Apple são mencionadas as “fortes orientações editoriais” que proíbem estes conteúdos e o YouTube refere não haver espaço para ódio no seu serviço.

Mas é do consenso geral que o esforço de monitorização das plataformas terá de ser constante e melhorado, de forma a impedir que os conteúdos cheguem sequer a ser alojados, como forma de minimizar o seu alcance.

Fonte: Exame Informática

Liliana Teixeira Lopes