A peça “Um Artista da Fome” é baseada num conto de Franz Kafka.

A companhia de teatro Visões Úteis representa, ao telefone, a peça “Um Artista da Fome”, a partir de Franz Kafka, numa temporada que se estende até dia 17, dedicada aos profissionais esquecidos.

“Até ao próximo dia 17 de abril”, dois dias antes da reabertura prevista para as salas de espetáculo, de acordo com o “plano de desconfinamento” anunciado pelo Governo, “a companhia Visões Úteis continua a disponibilizar, todas as quintas e sábados, a peça para a chamada de voz “Um Artista da Fome”, adaptação do conto homónimo de Franz Kafka”, lê-se no sítio da Internet da companhia do Porto.

O conto em que a peça se inspira é conhecido pela ironia e pelo absurdo da situação, de elogio à chamada “arte da fome”. O protagonista tem um espetáculo de jejum, a sua expressão preferida, que se vê forçado a interromper. Ele jejua por gosto, dentro de uma jaula, e odeia o público quando este o julga em sofrimento. Ofende-se quando suspeitam de que se alimenta em privado, ou quando se afastam para que o faça. O seu objetivo é jejuar, bater recordes de jejum, levar a arte do jejum ao limite. Mas chega o dia em que tem de sair de cena.

A Visões Úteis dedica o espetáculo a todos os “Artistas da Fome que são esquecidos pelo Estado português” e indica que o valor do bilhete, no mínimo de quatro euros, é destinado à Apuro – Associação Cultural e Filantrópica que tem ajudado artistas, em particular ao longo do último ano de pandemia e da paralisação que provocou no setor.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes