Vão ficar no Cais do Gás, e reabrem em breve.

Os históricos clubes noturnos lisboetas Tokyo e Jamaica mudam-se em junho para um novo espaço criado de raiz, mesmo junto ao rio Tejo, mas a alma pretende-se a mesma, agora no Cais do Gás, na reabertura das duas casas.

Da chamada ‘rua cor-de-rosa’, os dois clubes, fechados desde março de 2020 devido à pandemia de covid-19, passam para o quarteirão atrás da estação de comboios do Cais do Sodré e ao lado da estação fluvial, recuperando armazéns frente ao Tejo.

As obras, que tiveram início há cerca de sete meses, estão quase a terminar e, conforme disse à Lusa Fernando Pereira, sócio da estrutura dona do Tokyo e do Jamaica, e arquiteto que assina os projetos, têm decorrido “como qualquer obra”, referindo em declarações à agência Lusa, que os trabalhos tiveram um atraso de um mês e meio a dois meses.

A pandemia veio alterar um pouco a gestão da empreitada, já que os dois clubes, juntamente com o Europa (que não abre na mesma altura por as obras estarem mais atrasadas), iriam deixar os espaços na Rua Nova do Carvalho apenas quando as novas casas estivessem prontas, havendo uma continuidade e não um interregno, como acabou por acontecer.

Nos novos espaços, disse Fernando Pereira, há “condições de vida que não se conseguiriam nunca ter” nas antigas salas, já que não havia copa, armazém ao lado do bar ou zona técnica e até os “aparelhos de ar condicionado estavam na cave, quando deviam estar no telhado”.

O Jamaica, conhecido por passar clássicos de reggae, rock e pop, terá o dobro da capacidade, cerca de 300 clientes, mas o ambiente, de acordo com Fernando Pereira, será sempre o mais fiel possível em relação ao que havia no Cais do Sodré: há uma parede que se desloca, “permitindo fechar o espaço” e ter “praticamente o mesmo ambiente” nas noites mais fracas – as terças, quartas e quintas.

Quanto ao Tokyo, vai continuar a receber e a promover bandas, sendo que o palco, apesar de maior e com melhor equipamento de som e luz, ficará quase ao nível do solo, de forma a “manter o ambiente íntimo que já existia” e de que as bandas “tanto gostavam, pela proximidade ao público”.

Apesar de ainda não ter uma data para abertura, o responsável prevê já “muitas festas”, inclusive a dos 50 anos do Jamaica.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes