São 13 contos portugueses, adaptados por 13 realizadores diferentes em 13 telefilmes exibidos a partir de 4 de dezembro na RTP.

Liliana Teixeira Lopes

Treze contos de autores portugueses dos últimos dois séculos foram transformados em telefilmes por treze realizadores diferentes, e estreiam-se na RTP, no próximo dia 4 de dezembro, com “Fronteira”, de Miguel Torga, realizado por João Cayatte.

Este será o primeiro de treze telefilmes que apresentam a visão cinematográfica que 13 realizadores contemporâneos têm da literatura contista, num projeto intitulado precisamente “Trezes” e que resulta de uma parceria entre a RTP e a Marginal Filmes.

Produzido por José Carlos de Oliveira e Ricardo Oliveira, o projeto “Trezes” vai ter transmissão semanal e tem como objetivo contribuir para o crescimento e consolidação da relação dos públicos com a literatura e o cinema portugueses.

A série de filmes começa com “Fronteira”, de Miguel Torga, adaptado por João Cayatte, e termina com “O sítio da mulher morta”, de Manuel Teixeira-Gomes, realizado por José Carlos de Oliveira.

O ciclo contará ainda com a apresentação de “A abóbada”, de Alexandre Herculano, realizado por Cláudia Clemente, “O tesouro”, de Eça de Queiroz, com realização de Carlos Coelho da Silva, “Um jantar muito original”, da autoria de Alexander Search, um dos semi-heterónimos de Fernando Pessoa, realizado por Leandro Ferreira, e “O ódio das vilas”, um conto de Manuel da Fonseca, que António da Cunha Telles adaptará.

“O rapaz do tambor”, de Fernando Namora, o conto popular “A pereira da tia Miséria”, “O lavagante”, de José Cardoso Pires, e “Uma vida toda empatada”, de Mário de Carvalho, são outras adaptações, respetivamente a cargo dos realizadores Filipe Henriques, Marie Brand, António-Pedro Vasconcelos e Tiago de Carvalho.

A terminar os ’13’, contam-se ainda o conto de Lídia Jorge “Miss beijo”, realizado por Nuno Rocha, “As cinzas da mãe”, de Cristina Norton, com realização de José Farinha, e “A morte do super-homem”, de Rui Zink, dirigido por João Teixeira.

Uma das vantagens dos telefilmes é a possibilidade de contar uma história de uma única vez, porque não tem continuidade e cada um é uma peça única, visão própria de cada realizador sobre a história à qual “vão dar corpo e alma”.

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